Olimpíada sem ataques
Abin
envia equipe à França na segunda para trocar informações sobre terrorismo
- 16/07/2016 18h38
- Rio de Janeiro
Isabela
Vieira - Repórter da Agência Brasil
Uma delegação da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) embarca para a França, na segunda-feira (18),
para tratar trocar informações com autoridades do país sobre terrorismo.
Integrada por representantes da Diretoria de Contraterrorismo da Abin, a
delegação brasileira atende a convite feito pelo governo francês, logo após o
ataque à cidade de Nice que deixou dezenas de mortos e feridos.
A informação foi confirmada neste
sábado (16) pelo coordenador-geral da área de inteligência da Abin para os
Jogos Olímpicos, Saulo Moura. Ele participou de uma simulação de ataque em uma
estação de trem, a de Deodoro, na zona norte do Rio de Janeiro. O exercício envolveu
cerca de mil pessoas, das Forças Armadas e das áreas de segurança pública e da
inteligência.
Segundo Moura, depois da conversa
com o setor de inteligência francês, não estão descartadas mudanças no
planejamento de combate ao terror previsto para a Olimpíada do Rio. Esta
semana, circulou a rumores da existência de um plano para atacar a delegação
francesa.
“A partir dessa conversa, vamos
voltar aqui e reavaliar nossas posições”, afirmou o coordenador. "Por
enquanto, estamos no campo da suposição de uma fala”, disse Moura.
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Ontem (15), o ministro da Defesa,
Raul Jungmann falou sobre o envio de autoridades à França
para obter informações sobre o atentado de Nice, sem dar detalhes. Ele também
anunciou para a próxima semana a abertura do Centro Integrado de
Contraterrorismo, que reunirá setores de inteligência de 106 países, durante as
competições.
Forças de segurança realizam exercício integrado
para os Jogos Rio 2016 na estação de DeodoroPaulo Vitor/Divulgação/Subsecretaria
de Comunicação Social do Rio de Janeiro
Após a simulação no trem, o
diretor de Operação da Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grande
Eventos, do Ministério da Justiça, Cristiano Barbosa Sampaio, disse que, nos
últimos dias, o Brasil elevou o nível de alerta de terrorismo para amarelo e
pode tomar medidas extras.
“O que vamos fazer agora é
trabalhar com mais atenção, para aumentar revistas, aumentar controle de
acesso, o plano está feito, está pronto, estamos adequando para a realidade.”
O general do Exército Mauro
Sinott, responsável pela área de combate ao terrorismo na Olimpíada e pelo
exercício militar no metrô, explicou que o planejamento para as competições,
que contará com 47 mil militares, é flexível e pode ser adaptado com
facilidade.
A estação onde ocorreu a
simulação fica nas imediações do Complexo Esportivo Deodoro, onde serão
disputadas 11 modalidades olímpicas, como ciclismo, canoagem, basquete e
hóquei. No bairro, também há uma vila militar, com residências e outras
instalações.
O general Sinott disse que o
exercício militar ocorreu dentro do esperado e, para apresentar um balanço com
eventuais falhas, precisa de mais tempo para avaliar a operação. O exercício
durou cerca de uma hora e meia e foi acompanhado por dezenas de jornalistas de
todo o mundo.
Edição: Juliana
Andrade
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